Nossa visão

Feliz de quem aprende o que ensina. (Cora Coralina)







sábado, 29 de maio de 2010

Desenvolvimento sustentável e sociedade sustentável

Temos todos que aprender a viver com menos, para que todos possam ao menos viver.
– Mahatma Gandhi.

Desenvolvimento sustentável é um termo do Relatório Burtland (Nosso futuro comum), de 1987, conceito muito próximo do “ecodesenvolvimento”, movimento surgido na década de 60 que prega a responsabilidade e a ética no uso dos recursos naturais.
No final dos anos 80 as questões ambientais já não representavam somente preocupações regionais, e a Organização das Nações Unidas – ONU – resumiu essas preocupações, propondo no relatório o conceito de sustentabilidade: “o desenvolvimento que responde às necessi¬dades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em responder às suas próprias necessidades”.
Essa perspectiva de desenvolvimento é baseada na justiça social, na cidadania e na preservação do meio ambiente, e envolve uma revisão da relação homem-natureza. A partir desse conceito fica explícito que os recursos naturais tem limites e sua exploração precisa adotar controles sociais, ao custo de inviabilizar a vida no planeta terra.
Esse conceito, no entanto, deve ser utilizado com cuidado, sob o risco de servir para disfarçar processos produtivos que ainda causem grandes impactos socioambientais, sem distribuição dos benefícios para a sociedade.
Na verdade, o que se pretende com o desenvolvimento sustentável é uma reorganização dos processos produtivos, orientado pela consciência ética de que o homem é parte integrante da natureza. Não é só uma questão de usar os recursos naturais de maneira responsável, preservando seu uso para futuras gerações, mas também, e principalmente, de incluir todos os povos na discussão sobre o seu uso e dos benefícios possíveis, de maneira a incluir todos os habitantes do planeta num modelo de sociedade sustentável. Preservar os recursos naturais é necessário, garantindo o futuro das próximas gerações. Além disso, é preciso garantir o acesso a todos os cidadãos, e para isso será necessário uma revisão do uso que hoje fazem algumas sociedades, em detrimentos de outras.

Por Gilberto Borges da Silveira